SANS SOUCI

Carlos No

Em exibição

19/03/2025
→ 23/05/2025

SANS SOUCI
“SANS SOUCI” de Carlos No constitui uma reflexão plástica sobre os conceitos de casa, perda e exclusão. Para a presente exposição Carlos No procurou explorar o conceito de casa, evocando, em particular, o problema da gentrificação nos centros urbanos. Através da utilização de, e referência a materiais e objetos que nos remetem para a ideia de casa e habitação, o artista questiona a segregação socio-espacial detetável nas cidades contemporâneas, assim como o aumento das desigualdades sociais que lhe está associado. Estas obras convocam, portanto, a partir do seu lugar artístico, uma reflexão sobre o problema recorrente e global da periferização das populações de menores recursos económicos, sistematicamente empurradas para fora das áreas mais valorizadas das cidades. São apresentadas duas esculturas, existentes até ao presente momento apenas em projeto, e que foram produzidas atendendo às condições específicas do espaço da GALERIA. Para além das esculturas, a exposição apresenta também um conjunto de trabalhos preparatórios, incluindo desenhos associados à criação destas esculturas, e um significativo conjunto de maquetas – das esculturas em exposição e de outras obras mais antigas – que, no processo de trabalho do artista, apoiam a conceção das obras em produção, contribuindo para uma melhor perceção dos trabalhos e do seu funcionamento no espaço a que se destinam. Deteta-se, assim, no processo de trabalho de Carlos No, uma estreita proximidade com os modos de criação e metodologias de trabalho comuns num atelier de arquitetura.

Bio

Nasceu em Lisboa em 1967. Vive em Lisboa e trabalha na Ericeira. Fez o curso de Pintura no AR.CO – Centro de Arte e Comunicação Visual, 1987-1992, tendo frequentado ainda o curso de escultura em 1987. Desde 1991 que vem participando em várias exposições coletivas, quer em Portugal quer no estrangeiro, realizando a primeira exposição individual em 1994. Em 1993 recebeu o 1º prémio de pintura na Feira de Arte de Portimão e em 1995 foi selecionado para a representação portuguesa à Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, em Rijeka, na Croácia.
Das suas mais recentes exposições podemos destacar as exposições individuais “Fosso”, na Galeria Monumental, em Lisboa; “Impasse”, na SNBA – Sociedade Nacional Belas Artes, em Lisboa, e no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha; “Finisterra”, no Museu Nogueira da Silva, em Braga; “Estais”, Museu Municipal de Faro, em Faro; “Exílio”, na Casa-atelier Vieira da Silva, Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa; a exposição “Peut-être Demain”, na Galerie Elizabeth Couturier, em Lyon; as exposições coletivas “Impressões Digitais”, no MNAC, em Lisboa; “Fenda”, Fundação Eugénio de Almeida, Évora; “NegOcio”, Centro Cultural Las Cigarreras, Alicante, Espanha e “Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte”, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian ou ainda as exposições conjuntas com Pedro Valdez Cardoso – “Ignoto” – no Centro de Artes e no Centro Emmerico Nunes, em Sines, e com Rui Horta Pereira – “Arame” – na Galeria Bangbang, em Lisboa.