Três Casas para a Humanidade: Casa de Tempo

25.03.2022 → 11.04.2022

Três Casas para a Humanidade: Casa de Tempo

Três Casas para a Humanidade: Casa de Tempo

O projeto CASA DE TEMPO é o segundo de uma trilogia de instalações (CASA DE ÁGUA, CASA DE TEMPO e CASA DE AR), procura-se exatamente o oposto da eternidade. É contruído um edifício com matéria orgânica (tijolos de açúcar). Edifício que terá um ciclo de vida. Sujeito ao contexto (do clima, à biodiversidade da zona envolvente) este edifício transformar-se-á, acabando por se destruir. Esta é uma casa assumidamente efémera, na sua própria natureza mutável, adaptativa. Será como uma esponja, um registo do tempo em que perdurará neste mundo.

A CASA DE TEMPO parte da SWEET SERIES de Rui Soares Costa, onde se questiona a ideia da Pintura como um discurso imutável, imune à ideia de tempo – e nesse sentido atemporal. No lugar do quadro a óleo que é hoje idêntico ao que será daqui a mil anos, aqui trabalha-se o efémero. Para tal o tempo é utilizado como uma ferramenta que participa da construção de cada peça. Através da utilização de materiais orgânicos (açúcar e madeira) embebidos em verniz são construídas pinturas temporais e mutáveis, entidades vivas. São peças que evoluem com o passar do tempo. Cada peça terá um ciclo de vida, do momento da sua conceção, à transformação por que passará ao longo da sua existência até ao momento em que se destruirá. O ritmo deste processo é lento, fazendo corresponder o ciclo de vida desta série à escala do envelhecimento humano.

A CASA DE TEMPO utiliza açúcar sem a adição de quaisquer estabilizadores (e.g., verniz) pelo que a sua transformação no espaço público é acelerada, num ciclo de vida que se completa em algumas semanas.

A CASA DE TEMPO é um projeto imersivo em colaboração entre o artista visual Rui Soares Costa, o arquitecto Pedro Campos Costa e o artista multimédia, performer e coreógrafo João Galante, realizado no âmbito do Programa GARANTIR CULTURA – República Portuguesa – Ministério da Cultura.

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