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15/04/2022
→ 24/04/2022O projeto CASA DE AR é o terceiro de uma trilogia de instalações (CASA DE ÁGUA, CASA DE TEMPO e CASA DE AR).
A CASA DE AR problematiza aquilo que já sendo o presente, dominará o futuro da Humanidade – a cada vez maior virtualidade da vida de todos nós. Das redes sociais aos videojogos, avançamos para um mundo progressivamente mais virtualizado (e.g., experiências imersivas). Se a contemporaneidade decorre já em grande parte de forma virtual, a preponderância da experiência virtual (por oposição à real) tenderá a crescer.
Este novo domínio da vida em sociedade – o da virtualidade, chamemos-lhe AR – é dominado por um conjunto restrito de interlocutores, monopólios privados que obedecem a interesses outros, não necessariamente ao interesse público. É da necessidade de se urbanizar o AR, o conjunto da experiência virtual que assume cada vez maior preponderância na contemporaneidade, que o projeto da CASA DE AR se ocupa.
A CASA DE AR é um projeto imersivo em colaboração entre o artista visual Rui Soares Costa, o arquitecto Pedro Campos Costa e o artista multimédia, performer e coreógrafo João Galante, realizado no âmbito do Programa GARANTIR CULTURA – República Portuguesa – Ministério da Cultura.
Bio
Rui Soares Costa (1981) estudou Pintura no Ar.Co enquanto se formou e fez investigação em Psicologia Social entre Portugal e os EUA. Interessado em processos cognitivos como a memória de pessoas ou a importância da ordem temporal na construção de significado sobre os outros, trabalha desde 2013 exclusivamente como artista plástico. A sua prática e investigação focam-se na perceção do tempo, mediante a sua suspensão, distensão e compressão. Trabalha intimamente com música contemporânea, sendo os seus projetos acompanhados por bandas sonoras originais. Tem desenvolvido uma colaboração especialmente próxima com o músico e artista multimédia André Gonçalves. Desde 2016 que promove no seu atelier no Olho de Boi o programa de residências artísticas Bull’s Eye – Artist in Residence Program, por onde já passaram mais de três dezenas de artistas, essencialmente internacionais. O seu trabalho encontra-se representado em coleções privadas na Alemanha, Espanha, Holanda, Índia, Portugal, Suíça, bem como na Coleção Berado (PT), José Costa Rodrigues (PT) e Art Fairs Collection (ES). É representado pela Galeria das Salgadeiras em Lisboa. Vive e trabalha entre Lisboa e o Olho de Boi.
Pedro Campos Costa (1972) é arquiteto, professor, editor e autor multidisciplinar. Funda o atelier Campos Costa Arquitetos em 2007. Foi Curador do Pavilhão Português na 14ª Exposição Internacional de Arquitetura_La Biennale di Venezia, com o projeto “Homeland. News from Portugal” (2014).
João Galante (1968) artista: artes visuais /performance /coreógrafo /encenador /bailarino /actor /músico. Director artístico da Associação Cultural casaBranca e do Festival Verão Azul. Co-programador do Festival Verão Azul e ex-co-programador do festival de música electrónica Electrolegos (Lagos). Desde 2002 trabalha em parceria com Ana Borralho na produção de trabalhos de cariz transdisciplinar nos campos da performance-arte, dança, teatro, instalação, fotografia, som e vídeo. Temas frequentes no trabalho da dupla: corpo/mente, dentro/fora, eu/outros, privado/público, social/político, género/ambiguidade sexual, imaginário erótico, auto-retrato. Desde 2004 os seus trabalhos são apresentados em Festivais Internacionais em Portugal, França, Espanha, Suíça, Escócia, Reino Unido, Brasil, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Itália, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Bélgica, Islândia, Hungria, Suécia, Estónia, Polónia e Grécia. Das peças criadas em conjunto destacam: MISTERMISSMISSMISTER, SEXYMF, NO BODY NEVER MIND, WORLD OF INTERIORS, UNTITLED STILL LIFE, ATLAS, LINHA DO HORIZONTE, ART PISS, PURGATÓRIO, AQUI ESTAMOS NÓS, SÓ HÁ UMA VIDA…, VÃO MORRER LONGE, GATILHO DA FELICIDADE, ESTELAS CADENTES (METAL E MELANCOLIA) ROMANCE FAMILIAR OU A REALIDADE AUMENTADA .